SOLIDÃO
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(Fátima Guerra)
***
As cortinas quase cerradas
deixam vazar as poucas luzes deste final de tarde,
que empalidecem as cores das fachadas,
embrulhando o dia numa discreta capa perolada,
com a qual desliza sobre as horas silenciosas.
No horizonte, os montes estão delineados
por linhas cor-de-rosa,
e as árvores surgem como vultos enegrecidos,
silhuetas despenteadas pelo afago do vento ...
Mansamente, os dedos da noite
começam a tingir a vastidão do céu,
invadem minha sala,
penduram sombras pelos cantos,
apagam alegrias,
enquanto acendem as primeiras estrelas
e uma lasca de lua prateada, no infinito ...
É a solidão que traz a tua voz de volta,
que mostra a distância que nos separa,
a indiferença que nos fere,
a lembrança de que tudo era tão bonito,
quando os teus olhos traziam
a tua paisagem para dentro dos meus !
***
Santos-01/09/11-18:15
Hola Fátima,
ResponderExcluires precioso tu poema, aunque triste está lleno de belleza!
Gracias por compartir.
Te dejo saludos argentinos,
Sergio.
A minha querida,as vezes precisamos ver com olhos alheios o mundo que nos rodeia pra ver se eles ficam menos cinzas...obrigada pela partilha,você sempre nos encantas em palavras um beijo doce e linda semana!
ResponderExcluirOlá querida amiga,
ResponderExcluiràs vezes a vida reserva-nos surpresas que nos comprimem o peito...
A solidão quando não é por opção tem um peso quase insuportável...
Um beijo e ânimo amiga!
Querida amiga,linda visão tive desse poema teu. O cair da noite, o vazio mesmo tendo pessoas por perto. Belo poema querida uma linda noite para ti e beijinhos carinhosos.
ResponderExcluirOlá Fátima, desejo que tudo esteja bem contigo!
ResponderExcluirTalvez seja esta a pior solidão a que somos colocados a prova, estar rodeado de pessoas que gostamos sem, no entanto aquela em especial que nos faz sentir acompanhado, mas, assim segue a vida, faz parte dos vários obstáculos que por força da continuidade de viver devemos transpor!
Parabéns pelo belo poema, e linda imagem. Como de costume sempre nos encantando com teus escritos! Desejo a você e todos ao redor infinita felicidade, agradecido, pelas carinhosas visitas e comentários, grande abraço e até mais!
Olá, boa noite!
ResponderExcluirOs meus votos de que os seus problemas (de visão, espero que não mais que isso) estejam resolvidos, pelo melhor.
** Em relação ao meu livro,
ele foi apresentado em S. Paulo.
Dizem-me que tudo correu bem.
Há um vídeo no meu blog.
Beijinho
Este poema, querida amiga, merecia mais alegria que, estou certo, a "solidão" não permite: a alegria de observar a beleza que se instala nas "horas silenciosas"!
ResponderExcluirE, sem dúvida, quisera que saudosas paisagens voltassem para dentro de seus olhos!
Beijinhos
Menina linda...Trouxe minha caixa de lápis de cor,veja,estão todos bem apontados!Vamos nos sentar aqui,neste teu solo fértil e encher de cor esta solidão?!Vamos?
ResponderExcluirLuz e paz,pra ti!Pra todos nós...
Cirse
oi, Fátima, que belezura seu poema.
ResponderExcluirGostei especialmente dessa parte "embrulhando o dia numa discreta capa perolada,"
bj♥
ResponderExcluirMell querida
A tarde, que muitas vezes empalidece as cores das fachadas, embrulhando o dia numa discreta tristeza pode a partir de um só momento que ficou brilhante pelo apoio de um amor distante, nos mostrar a maravilha da vida e fazer-nos sentir que a tristeza não existe !!!
Assim foi meu dia hoje.
Beijos do seu eterno amigo Zeca
Boa noite Fátima,
ResponderExcluiro seu poema é de uma beleza triste a descrever o peso da solidão, lindo!
Beijinho,
Ana Martins
É Mell, a solidão nos traz lembranças... e com elas a saudade... que aperta o peito, seca a garganta e umedece os olhos... e muitas vezes nos faz adormecer num estado de total inércia...
ResponderExcluirVc me fez sentir saudade, viu!?
Bjs minha amiga